Não Conhece SAC 2.0 e Branded Content ? Corra!
Na era em que o volume e a velocidade das informações criam tendências, estratégias do marketing digital podem ajudar na fidelização e no relacionamento com clientes Você já imaginou se, de uma hora para outra, o mundo deixasse de contar com a internet e todas as suas facilidades? Embora seja algo remoto de acontecer, com […]
Na era em que o volume e a velocidade das informações criam tendências, estratégias do marketing digital podem ajudar na fidelização e no relacionamento com clientes
Você já imaginou se, de uma hora para outra, o mundo deixasse de contar com a internet e todas as suas facilidades? Embora seja algo remoto de acontecer, com certeza impactaria na economia global. A internet é utilizada por bilhões de pessoas, que diariamente analisam e compram a qualidade dos produtos e serviços, marcas, tendências, e buscam preços mais competitivos. Ter uma estratégia para atingir esse público é quase uma obrigação, no entanto, ainda existem empresários que ignoram o marketing digital.
A internet mudou a maneira de as pessoas comprarem e tem movimentado mais de US$ 1 trilhão anualmente por meio de comércio eletrônico em todo o mundo. Somente no Brasil, segundo estatísticas do Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), dos mais de 75 milhões de internautas – cerca de um terço da população – 94% pesquisam virtualmente sobre tudo o que desejam comprar ou contratar.
Apesar de todos os argumentos, mais da metade das empresas, sobre tudo as de pequeno porte, nem se quer possuem site próprio. Das que já estão na internet, grande parte ainda não utiliza o marketing digital como estratégia para se destacar. “ As pequenas empresas são , ou deveriam ser, mais rápidas em se reposicionar e encarar as novas realidades do mercado. Tudo o que o momento requer é isso”, diz Francisco Madia, presidente da Academia Brasileira de Marketing (Abramark).
Para Sandra Turchi, professora e consultora de marketing digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), os gestores que ignoram o mundo virtual precisam acordar . “É fundamental se adaptar a esse novo consumidor que discute, questiona, exige qualidade e ainda tem poder de gerar crises capazes de assolar a imagem de uma companhia com apenas alguns cliques”, diz.
No entanto, a especialista ressalta que, antes de sair criando sites mal elaborados, blogs e perfis em todas as redes sociais é preciso planejamento. “A dica é ir com calma, pois mesmo o arroz com feijão deve ser feito bem feito. Uma empresa precisa estar pronta para entrar no mundo digital e não cometer erros que possam manchar sua imagem”, afirma.
SAC 2.0
Há poucos anos o cliente insatisfeito só tinha como opção fazer uma reclamação à empresa por telefone ou email. O famoso “boca a boca” funcionava apenas para familiares e amigos mais próximos. Hoje, com os diversos canais da internet, principalmente por meio das redes sociais, a má experiência com o produto ou serviço adquirido é compartilhada com o mundo todo em questão de segundos, podendo gerar, até mesmo, danos irreparáveis à marca e credibilidade de uma companhia.
Para evitar problemas nesse sentido, empresas como Submarino, Algar, Renault, Oi, Riachuelo, entre outras, estão adotando como alternativa ao tradicional Serviço de Atendimento ao Consumidor, o chamado “Social SAC” ou “SAC 2.0”, em que reclamações, dúvidas ou sugestões são respondidas rapidamente por meio das próprias redes sociais. “ É importante estar onde o cliente está. A empresa ter um perfil no Twitter e no Facebook nos dias de hoje é indispensável para monitorar a marca, interagir com os clientes e saber sobre o que estão falando”, diz Sandra Turchi.
Na ausência de um monitoramento próprio da web, a alternativa é contar com empresas especializadas em “SAC 2.0”. O Scup, que coleta conversas nas redes sociais em tempo real, armazena as informações e as disponibiliza em um relatório analítico completo. O Scup conta com mais de 900 clientes entre pequenas, médias e grandes companhias.
“ É preciso aproveitar a oportunidade e o momento. As conquistas do ambiente digital permitem que as empresas se relacionem com seus clientes em tempo real e com interatividade. Ou seja, hoje, mais do que nunca, chegou a hora e a vez das pequenas e médias empresas”, firma Francisco Madia, da Abramark.
Branded Content
Cada vez mais seletivo e com autonomia para rejeitar propagandas sem nenhum conteúdo relevante, o consumidor da internet é quem decide quando e o que acessar. Nesse cenário, o Branded Content, ou Conteúdo de Marca, tem o papel de oferecer informações úteis a seu público-alvo, associando um produto ou marca a um conceito que gere valor e conhecimento.
Um exemplo brasileiro do que pode ser praticado em Branded Content é o movimento Viva Linda, do Boticário. Para atrair mais consumidores, a empresa criou um site paralelo ao institucional com conteúdo exclusivo relacionado a informações e dicas sobre moda, beleza e comportamento, além de promoções nas quais participantes concorrem a brindes da própria empresa.
Em uma iniciativa semelhante, a Desenvolve SP criou em 2011 o Canal do Empresário, um canal que reúne informações e conteúdo de qualidade voltando ao dia a dia dos empresários de todos os setores da economia. O site possui agenda de eventos, legislação, dicas de gestão e planejamento, histórias de sucesso e videofórum interativo que a cada 15 dias traz uma entrevista de um especialista.
Quem se dispõe a criar conteúdo para seu público-alvo tem à disposição ferramentas gratuitas que permitem sua disseminação. Além de dos blogs e sites como o Youtube, Facebook, Twitter, Flickr e Instagram , uma novidade que tem agradado aos consumidores são os sites que permitem a criação de infográficos. O Piktochart e o Visuwal.ly, por exemplo, permitem a montagem de infográficos em poucos passos, organizando diversos dados de maneira condensada, atraente e divertida. A grande sacada é descobrir qual o tipo de conteúdo funciona melhor para agradar o cliente.